quarta-feira, 15 de julho de 2009

Banho de gato

Existe quem não goste deles. Eu os adoro. São muito na deles, independentes e não gostam de obedecer a ordens. Eles te procuram para se acarinhar, não suplicam por carinho.
Usando nosso corpo como esses felinos, carinhando o corpo “da mulher", fazendo de nossa pele um órgão sensorial, percorrendo cada curva, cada saliência, cada entrada do corpo feminino, cheirando, lambendo, ficando bêbados pelo odor da pele, sentindo e bebendo o líquido produzido pela fêmea.
A fenda agora totalmente desprotegida, aberta, oferecida ao deleite do amante. Disponível para ser beijada, sugada para dentro da boca...ahhh.... os lábios, como aumentam dentro de minha boca, lisos, molhados, doces de tesão, é o sashimi da fêmea com o molho produzido dentro da fenda. Bebo o molho que inunda minha boca.
Viajo no sabor e nos sons, nos gemidos dessa fêmea, puta com dono, puta de coleira.
Minha boca, meu nariz, viajam pela fenda, de cima até embaixo. Chegam ao orifício vizinho a ela, o singelo e enigmático cu. Esse cu que deve ser igualmente beijado, lambido, dando tanto prazer a fêmea e ao macho, é o desprendimento total, entrega ao prazer, o prazer pelo tesão.
Subo pela fenda, essa buceta lisa, sem nenhum pelo, a língua percorrendo o caminho até chegar ao clitóris e suga-lo com selvagem delicadeza.
Não existe recompensa maior do que ouvir os gemidos da fêmea, aquela puta que se entrega sem limites, a seu dono que não tem nenhum pudor.
Dar e receber prazer, como dois estranhos que se encontram e se entregam a carícias, sem regras, sem limites. Essa é a regra.
A gata e o gato quando se comem fazem igual barulho como os dois amantes enlouquecidos.
Por que não gostar dos gatos? Copiamos deles a delicadeza no tato, do rosnar de prazer.
São independentes. Seu dono os tem consigo mas não os possuem, assim como os dois amantes um ao outro.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Cultivando a semente.

Volto no domingo, me afasto de Luiza.
É a certeza da partida e a incerteza do retorno.
Entre tantas idas e vindas, através da santa internet e graças aquele velho escocês, o Sr. Grahan Bell, nos falamos a distância e a distância nos amamos, brigamos, fazemos as pazes e nos masturbamos. Tele sexo alimentando a fantasia, para quando nos juntarmos realmente nos comermos.
Depois que vi o 3º filme dos “Piratas do Caribe” me julguei com muita sorte. Aquele casal vai se ver uma vez a cada 10 anos e nós a cada 15 dias.
Merda nenhuma!
A distância pode ser fonte de antagonismos. Pode aumentar o amor ou a indiferença, pode aumentar a confiança ou o ciúme. Ministrar esta linha tênue entre os antagônicos é tarefa delicada. Já pensei em romper com esta linha, mas seria o equivalente ao suicídio para fugir de um problema.
Imagino a próxima ida.
É uma relação em que se tem certeza que terá um fim, sem data marcada.
É o que nos salva.
Não há juras eternas. O sempre e o nunca não existem. O sim à verdade.
O próximo fim de semana é muito mais a esperança que aumenta na sexta feira, do que a sua lembrança na semana seguinte.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

O primeiro gole

Já são 02:00 e o sono não vem, quem eu amo também não vem.
Quero me afogar em sexo, sexo promíscuo, preencher esse vazio que não acaba .
Já tirei de letra esta situação, mas agora está foda. Fumo um e não sinto nada, não é isso que eu quero, eu quero é fuder com qualquer uma, preencher esse vazio, preenchendo alguém, tirar essa pressão do peito.
Sei que isso vai ser o meu fim, eu me conheço, se começar não vou parar mais, é como o primeiro gole que o alcoólatra tem que evitar, evitar aquela vida cheia de mentiras e artimanhas, que a outra acaba percebendo e aí, cai fora ou começa a beber também. Dois viciados em seus mundinhos independentes e egoista.
Pego a garrafa e não tenho coragem de tirar a tampa, cheiro o gargalo apenas. Telefono para uma amiga, começo de putaria mas não vou em frente.
Quer sair? Ela pergunta; não, só telefonei para saber como andas. Mentira, faltou foi coragem de dar o primeiro gole e voltar ao vício, vício que depois abre um vazio no peito; você tem todas e não tem ninguém, ninguém na cama para dar aquela esbarrada de coxa, coxa na bunda, bunda na bunda, coisas que só valorizam quem caiu na armadilha da paixão ou de um sentimento bem maior.
Mas alguns não nasceram para dar uma esbarrada de coxas todos os dias e outros sim, e aí está a merda toda, encontrar este denominador comum não é fácil.
Sexo é bom, sexo promíscuo é ótimo, mas não com qualquer puta, tem que ser com “a putinha”, aquela lá de cima, da primeira frase.
Ou: que se foda tudo, morremos a cada dia, a cada minuto perdido já era.